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UFPB dá início a obra de manutenção das cobertas dos núcleos de Arte e Cultura e de Teatro Universitário

publicado: 06/09/2023 18h37, última modificação: 06/09/2023 18h40
A previsão é que os equipamentos culturais fiquem indisponíveis para eventos nos próximos 06 meses

Foto: Elidiane Poquiviqui

Na próxima segunda-feira (11), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) dará início às obras de manutenção emergencial das cobertas das edificações dos equipamentos culturais da Universidade localizados na Rua das Trincheiras, nº 275, no Centro de João Pessoa  – o Núcleo de Teatro Universitário (NTU) e o Núcleo de Arte Contemporânea (NAC).

A informação foi confirmada durante visita técnica aos núcleos, realizada na última terça-feira (05), pelos representantes da Pró-reitoria de Extensão (Proex), da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra), da RN Construções, empresa executora da obra, e na qual estiveram presentes presentes servidores e estudantes bolsistas do NTU e NAC. A previsão é que os equipamentos culturais fiquem indisponíveis para eventos, aulas e aglomerações de pessoas nos próximos 06 meses.

O valor estimado da obra, que será executada pela empresa RN Construções, é de R$ 227.682,89, conforme ordem de serviço nº 313/2023 da Sinfra. 

O Reitor da UFPB, professor Valdiney Gouveia, afirma que o NTU e o NAC são um patrimônio cultural importante da UFPB. “É um espaço que há muito tempo não se dá atenção e o que a gente pretende é recuperar, acolher melhor a arte, a cultura, o Teatro da Universidade. Agora, é importante lembrar que também a Escola de Música está sendo concluída, estamos empenhados em que se conclua a obra do Teatro Lampião, isso tudo para que a gente potencialize a arte, a música, a cultura na UFPB”, afirmou o Reitor. 

A manutenção que será iniciada no NAC e NTU é uma demanda da Proex, com o apoio da Reitoria da UFPB e da Sinfra, para conter o declínio nas estruturas físicas das 04 edificações: Casarão do NAC, Teatro Lima Penante do NTU, Alojamentos do NTU e bloco administrativo.

O objetivo é frear o avanço dos danos às paredes, pisos e esquadrias, provocados por goteiras e infiltrações nos tetos dos prédios, em especial do casarão que abriga o NAC, patrimônio tombado. A manutenção da coberta é a primeira parte das intervenções desejadas para o complexo cultural. Está em fase de construção um projeto maior de restauro de todos os equipamentos culturais.

As atividades de manutenção da coberta terão início pelo Casarão do NAC e Teatro Lima Penante, na etapa preliminar da manutenção estão previstos remoção de telha cerâmica colonial ou francesa para reaproveitamento, limpeza das telhas, retiradas de calhas, escavação manual de vala e retirada de forro de PVC com aproveitamento de lâminas.

Nas etapas posteriores serão realizadas as instalações hidrossanitárias de calhas, desentupimento manual de tubulação, serviços diversos como recolocação de forros em régua de PVC considerando reaproveitamento do material; além de trabalhos na coberta, como trama de madeira composta por ripas, caibros e terças para telhados; telhamento com telha cerâmica, pintura imunizante para madeira e outros.

A Pró-reitora de Extensão, professora Berla Moraes, conta que os trabalhos para a aprovação do projeto de restauro iniciaram no final de 2021 com a criação de um projeto de extensão, com o apoio da Sinfra, objetivando criar projetos estruturais e de acessibilidade e segurança contra incêndio para serem apreciados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP), por envolver patrimônio tombado.

“Eu oficializei esse pedido junto à Sinfra para elaboração desse projeto de restauro envolvendo todos os projetos acessórios de hidráulica, elétrica e outros, e foi como a gente começou. Considerando que o projeto completo é longo, que precisa passar por uma série de aprovações, a gente verificou que a coberta era um motivo maior de problemas porque estava chovendo dentro do prédio e que, reparando a coberta, a gente dava uma paralisada nas patologias. Assim, a Reitoria solicitou ao IPHAEP a autorização para manutenção emergencial da coberta”, explicou a gestora da Proex.

A UFPB contou com visita técnica do IPHAEP, órgão que deu direcionamentos sobre como conduzir os projetos de manutenção das cobertas, e emitiu parecer técnico sobre as condições da edificação do Casarão do NAC.

A arquiteta Camilla França da Gerência de Projetos e Edificações da Sinfra é colaboradora do projeto de extensão da Proex e participou do desenvolvimento do projeto para manutenção da coberta. Atualmente, ela desenvolve projetos auxiliares para o futuro restauro dos prédios do complexo cultural. De acordo com a arquiteta, a ideia, no primeiro momento, é essencialmente manutenção, com atenção para que não haja modificação em formatos ou materiais.

“É realmente limpeza, desobstrução de calhas, recolocação de telhas. O que tiver quebrado e não puder ser utilizado ou recuperado para que volte a servir à sua função, aí sim, será reposto seguindo as mesmas características do existente. Vamos setorizar o que vai ser reposto e documentar isso, para que fique registrada a intervenção que for feita. A ideia é não alterar as características do telhado, permanecem o formato, suas dimensões e as inclinações”, explicou Camilla.

O Superintendente de Infraestrutura da UFPB, Jairo Dantas, explicou que a Sinfra atuou com o levantamento das intervenções necessárias, acompanhamento com a arquiteta Camilla junto ao IPHAEP para conseguir todas as autorizações com relação ao patrimônio histórico e, após o orçamento liberado pela Reitoria, vai coordenar a etapa de manutenção de todas as cobertas das edificações que compõem NAC e NTU.

“A gente espera que o trabalho seja executado com qualidade técnica e dentro do prazo. A ideia é que, até o final do ano, a gente consiga concluir essas etapas e liberar as edificações para uso. Para isso estão envolvidas a Gerência de Projetos e Edificações e Gerência de Manutenção, que vão acompanhar a execução dos serviços”, informou Jairo.

Todo o serviço será realizado com especial atenção à preservação das características originais dos prédios. Para a professora Berla Moraes é importante para a UFPB a recuperação do complexo cultural.

“É um dever nosso fazer com que esse equipamento seja restaurado o mais breve. Para a gente, é uma grande conquista começar com esse primeiro passo que é a manutenção da coberta. Não é algo de supetão, estamos há quase dois anos em estudo para realizar algo dentro da legislação e que atenda a toda a comunidade”, concluiu a Pró-reitora.

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Texto: Elidiane Poquiviqui
Edição: Aline Lins
Fotos: Elidiane Poquiviqui
Ascom/UFPB