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UFPB é contemplada com 300 vagas do programa federal Mulheres Mil

publicado: 19/07/2023 18h46, última modificação: 20/07/2023 13h52
Objetivo do programa é promover a qualificação de mulheres em vulnerabilidade social

Foto: Freepik

ATUALIZAÇÃO: O Programa Mulheres Mil, no âmbito da UFPB, vai oferecer 'vagas' em cursos de qualificação, em vez de 'bolsa-formação'. A correção foi realizada no dia 20/07/2023 às 13h52. 

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) vai ofertar 300 vagas do Programa Nacional Mulheres Mil, iniciativa do governo federal que tem o intuito de qualificar mulheres em situação de vulnerabilidade social por meio da oferta de cursos de capacitação. As ações de formação vão ocorrer nos municípios de João Pessoa, Bayeux, Rio Tinto e Pitimbu.

Duas unidades de ensino que oferecem educação profissional foram contempladas no programa. O Centro Profissional e Tecnológico/Escola Técnica de Saúde (CPT-ETS) vai oferecer 150 vagas e as outras 150 serão destinadas ao Colégio Agrícola Vidal de Negreiro (CAVN), do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA), em Bananeiras.

A diretora do CPT-ETS, Professora Soraya Pereira, informou que o público-alvo dos cursos que serão realizados por meio do Centro são mulheres encarceradas e quilombolas em situação de vulnerabilidade social em João Pessoa, mulheres indígenas em Rio Tinto e Mamanguape, em situação de violência no município de Bayeux, além de mulheres em vulnerabilidade social na cidade de Pitimbu.

O resultado da análise das propostas de adesão à Linha de Fomento da Bolsa-Formação do programa, enviadas por Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), foi divulgado nesta terça-feira (18) pelo Ministério da Educação. Para ofertar os cursos, o CPT-ETS e o CAVN, juntos, vão receber do governo federal recursos financeiros da ordem de R$ 480 mil.

Ainda segundo a diretora, as capacitações – cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) em Operador de Computador, Assistente em Contabilidade e Confecção de biojóias, por exemplo – serão realizadas em parceria com outros centros de ensino da UFPB, como o Centro de Informática (CI) e o Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR), em João Pessoa, além do Centro de Ciências Aplicadas e Educação (CCAE), em Rio Tinto.

Essas formações, além de permitirem uma aproximação entre essas mulheres em vulnerabilidade social e de ofertarem uma oportunidade de educação profissional, também consolidam a articulação entre centros da universidade, valorizando as habilidades e competências de cada um dos centros parceiros”, destacou a diretora.

Para o Reitor da UFPB, Professor Valdiney Gouveia, além da oportunidade de capacitação, o projeto permite que a UFPB contribua na promoção da igualdade de gênero e no empoderamento de meninas e mulheres, atendendo, assim, a um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

“Seguramente os cursos que brevemente serão oferecidos pelo CPT-ETS e pelo CAVN serão ótimas oportunidades de inserção social, de ampliação de oportunidades e, sobretudo, de empoderamento das mulheres paraibanas”, afirmou o Reitor. 

Sobre o Programa Mulheres Mil

O Programa Nacional Mulheres Mil foi instituído nacionalmente em 2011 e é fruto dos resultados positivos gerados por uma iniciativa piloto de mesmo nome, criada em 2007 pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC). 

De acordo com o MEC, o objetivo da iniciativa é promover formação profissional e tecnológica articulada com o aumento de escolaridade de mulheres em situação de vulnerabilidade social, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do país. Para isso, atua no sentido de garantir o acesso à educação a essa parcela da população de acordo com as necessidades educacionais de cada comunidade e a vocação econômica das regiões. 

A ideia do Programa Mulheres Mil é contribuir para a inclusão desse público no mercado de trabalho e para o fomento ao empreendedorismo, o que pode resultar no empoderamento econômico e na consequente melhoria da qualidade de vida das participantes.

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Texto: Milena Dantas
Edição: Vinícius Vieira
Foto: Freepik
Ascom/UFPB