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Mulheres de Energia - Dia Internacional da Mulher

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Última atualização: Quarta, 08 Março 2017 02:13

Hoje, na série Mulheres de Energia, conhecemos a professora Flávia de Medeiros Aquino.  A Engenheira-professora sempre busca ser gentil com os seus alunos e reconhecida pela sua disponibilidade e dedicação a diversas atividades. Sempre oferece um sorriso aqueles que a procuram e além do seu currículo destacado pelas formações, encontra tempo para desenvolver atividades de apoio a crianças e famílias de comunidades carentes.  

A professora é licenciada em Química (IFPB, 2008) e engenheira de petróleo (UFRN, 2015). Fez o Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais (UFRN, 2009) e o Doutorado sanduíche em Ciência e Engenharia de Materiais (UFRN, 2012; Universidade de Aveiro, Portugal, 2012).

Flávia tornou-se professora UFPB do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR) no ano de 2012 e afirma “Mesmo sendo a professora “caçula” do Departamento, sempre tive o respeito dos meus colegas de trabalho e dos alunos, e isso não tem preço.”  Ela nos conta sobre a sua formação, que contribuiu não apenas na sua carreira profissional, mas na sua construção como ser humano e mulher. “Entrei no curso de Química depois de ter sido reprovada em três tentativas para Medicina no antigo PSS (Processo Seletivo Seriado da UFPB). ”

A sua insistência e dedicação trouxeram frutos através da identificação de um professor de sua habilidade como pesquisadora “No quarto período do curso, um professor, vendo minha vocação para a pesquisa, me convidou para começar os estudos. Fiquei encantada com todo o conhecimento adquirido naquele momento. ”

Mesmo com as atividades de final de curso, a professora Flávia não reduziu seus planos para o futuro, decidiu entrar na seleção para o Mestrado em outro Estado e foi aprovada, tomando o desafio de continuar seus estudos longe de casa. “No último período do curso de Química, eu estava fazendo meu estágio no Lyceu Paraibano (seis aulas por dia, de segunda a sexta, durante oito meses), sendo aluna de iniciação científica e terminando o trabalho de conclusão do curso. Fiz seleção para o Mestrado em Natal e aos 22 anos tive minha primeira experiência de morar longe da família. “

Com a consciência formada desde muito cedo de que os resultados surgem a partir da dedicação e do esforço, aprendizagem oriunda da família, Flávia nos conta como foi a fase de se distanciar da família para se dedicar ao seu sonho. “Nessa fase, até o final do Doutorado, minha dedicação foi intensa, pois ao longo desses anos tive sede de conhecimento. A mim não bastava ser licenciada, pois eu queria também ser graduada em Engenharia de Petróleo. Curso este que só consegui concluir já sendo professora em 2015. ”

Diante os desafios da formação em um novo Estado, Flávia não se sentiu intimidade diante uma oportunidade de seguir adiante em outro país. Já realizando o Doutorado, a Engenheira seguiu para Portugal onde incorporou diversas experiências no campo profissional e pessoal.  “Esses últimos anos foram de muitas adversidades como pessoa e profissional, desde adaptação às cidades e à distância da família até o trabalho árduo da pesquisa. ”

Ela explica qual a fonte de inspiração para a sua dedicação e perseverança: “Minha mãe sempre foi minha maior incentivadora e referencial de mulher, pois ela constantemente foi firme com a educação, independente e zelosa ao cuidar dos três filhos. Então, também adquiri algumas dessas características. ”

Afirma que ser mulher não a impediu ou diminuiu suas chances em oportunidades profissionais e acadêmicas e estimula aqueles que ainda não encontraram o fruto dos seus esforços: “Minha trajetória foi de muito estudo, esforço, dedicação, e acredito que o fato de ser mulher não me trouxe empecilhos maiores ou menores do que qualquer outra pessoa. Uma hora todo esforço e mérito são reconhecidos, independentemente de gênero. ”

Flávia nos mostra a felicidade de suas conquistas profissionais e nos mostra, através de suas palavras, como é realizada e satisfeita com sua trajetória “Sou mais mulher a cada dia, a cada experiência que tenho nas atividades que a universidade me proporciona, a cada aula ministrada e a cada olhar e sorriso que recebo dos alunos, tendo, assim, a satisfação de dever cumprido.” A professora-engenheira afirma: “Sou realizada e feliz como mulher e profissional por exercer uma das mais belas profissões... ser Professora! “

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