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CEAR

Centro de Energias Alternativas e Renováveis

Universidade Federal da Paraíba

Mulheres de Energia - Dia Internacional da Mulher

Rafaela Ramos Barbosa, é aluna do curso de Engenharia de Energias Renováveis, é conhecida por sua simpatia com os professores e colegas. Hoje iremos conhecer um pouco de sua história e de sua vivência no curso.

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Rafaela, nascida no interior da Paraíba, em Boqueirão, atualmente está estagiando na EPASA, está animada e ao mesmo tempo ansiosa com a conclusão do curso que se aproxima. A estudante que iniciou seus estudos no ano de 2012 nos conta como foi entrar na primeira turma do curso “Sempre fui muito incentivada a estudar pelos meus pais e também pelos professores que já encontrei ao longo do caminho. No CEAR não foi diferente, lá estão grandes exemplos e incentivadores de sonhos”.

Ela nos conta como a origem de sua família transmitiu valores que ela carrega para a vida profissional: “Aprendi os principais valores que levo para minha vida pessoal e profissional: Lutar pelos meus sonhos sempre olhando pelo próximo com humildade e respeito. Estudei toda a minha vida em escolas públicas e sempre vi os estudos como o melhor caminho para oferecer melhores condições de vida a minha família”.

A estudante fala sobre a mãe, que mesmo sem ter tido oportunidades na juventude de estudar, sempre se dedicando ao trabalho e a família, foi uma de suas principais apoiadoras junto ao pai, sendo um exemplo de que estimular, acreditar e torcer são essenciais para aqueles que estão lutando contra suas dificuldades no dia-a-dia: “Meu maior exemplo de determinação é a minha mãe, ela é aquela senhorinha do interior que tem mais energia que muita menina por aí. Ela sempre trabalhou muito junto com o meu pai para que as filhas pudessem sonhar e lutar por isso. E assim, como muitas mulheres da idade dela, ela não teve muitas escolhas, mas sempre lutou para que as filhas pudessem escolher ser o que quisessem.”

Após ser aprovada no Curso, Rafaela teve que se mudar para a capital do Estado com apenas 17 anos. Crescer ao lado da família em uma cidade de interior, sair de casa com pouca idade e longe dos familiares se tornou um desafio para ela, que conseguiu superar, mesmo diante as situações em que a vontade de desistir crescia. “Cheguei em João Pessoa sem conhecer nada, com pouco dinheiro e com muito medo de tudo que estava por vim. Tive que me adaptar a uma nova cidade, com um “ritmo” de vida diferente do que eu estava acostumada, e o mais difícil: a ausência da minha família.” As dificuldades de adaptação a nova cidade e a entrada na Universidade, foram os momentos em que Rafaela se sentiu dividida: “O tempo foi passando e quando me dei conta estava apaixonada pelo curso e disposta a superar todas as barreiras para conclui-lo.”

estudando

Para se manter durante o curso, Rafaela estava disposta a auxiliar na sua renda por meio da venda de trufas e bolos “Sempre com um sorriso no rosto lembrando do proposito de tudo isso.” Rafaela é conhecida pelo sorriso fácil e por ser tímida diante de exposições, ela gosta de se dedicar a pesquisa e desde que encontrou sua área, continua se empenhando cada vez mais. “No segundo período, por meio de um projeto de extensão, pude me aprofundar em uma das áreas do curso, gostei e logo depois migrei para projetos de pesquisa onde me identifiquei e continuo participando até hoje. Através destes projetos, além do conhecimento adquirido, consegui me sustentar o resto do curso.”

Sobre a conclusão do curso e tudo o que ela viveu até o momento, Rafaela nos conta: “Posso falar que tive que superar muitas coisas, felizmente, poucas relacionadas ao gênero. A engenharia já é uma área em que a cada dia as mulheres estão conseguindo um espaço maior.” Hoje, com a experiência do estágio, Rafaela identifica que ainda há algumas barreiras a serem ultrapassadas: “Como estagiária no setor industrial, vejo que ainda temos muitos “mitos’’ a derrubar, mas que essa é uma batalha que fortalece quem luta com esforço e dedicação”.

foto no estágio

Com sua alegria Rafaela afirma: “Sou uma aluna realizada e sei que serei realizada como profissional também. O caminho está apenas começando, muitas dificuldades ainda virão, mas estou acostumada a lutar pelos meus objetivos e para ganhar o meu espaço”.  Cada pequena conquista me ensina e me impulsiona a seguir em frente: “Vou até onde os meus sonhos me levarem!”.