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CEAR

Centro de Energias Alternativas e Renováveis

Universidade Federal da Paraíba

Controle de sistemas é tema de curso de alto nível no CBA 2018

Neste domingo, durante o CBA 2018, Adilson Motter, Professor Doutor da NorthWestern University (EUA), ministrou o Curso de Alto Nível “Control and observability in complex nonlinear networks”, que abordou técnicas de controle de sistemas complexos.

 

 

O controle de sistemas é uma área da engenharia que busca monitorar e administrar determinadas variáveis de um sistema. No entanto, de acordo com Adilson, alguns sistemas não foram criados para serem controlados, o que torna o estudo mais complicado. Algumas de suas pesquisas são na área de comportamento dinâmico de redes complexas, desenvolvendo abordagens que reduzam falhas em sistemas.

Como exemplo, foi abordado durante a oficina no Congresso Brasileiro de Automática (CBA) sistemas complexos, como exemplo dos dispositivos de energia. “Me interesso muito pelo controle de redes de energia para evitar apagões. Porém aquele sistema é mais complicado de se lidar porque assim como um carro ele tem várias partes, no entanto não temos volante, freio para controlar. Você precisa intervir rapidamente e tentar compensar aquela falha que aconteceu, aquela perturbação, mas você tem que descobrir em tempo real, quais os componentes que você pode mexer e tentar evitar que os problemas se propaguem”, declarou o Professor.

Outro exemplo de controle de sistemas citado pelo Professor é na área da saúde, com o tratamento de células cancerígenas. Em alguns casos há, durante o tratamento, a queda de cabelo e unhas, pois há a tentativa de suprimir o crescimento e reprodução de células e as que crescem mais rapidamente são as das unhas e dos cabelos. No entanto, nas terapias* outras partes menos visíveis do corpo também estão sendo afetadas. “Como é que você controlaria o crescimento dessas células de câncer sem afetar o funcionamento das outras células normais do corpo?”. Os estudos focam em influenciar o controle seletivo apenas das células cancerígenas, como explicou Adilson.

Segundo Adilson, o Congresso deixa contribuições em sua carreira, pois conecta idéias com estudantes e pesquisadores que ele não conhecia, além de difundir suas publicações, propagando o conhecimento de seus estudos na área. “O CBA está servindo de porta para a comunicação com o resto do mundo, e isso me parece uma coisa muito útil no contexto atual em que as pesquisas científicas estão se tornando cada vez mais colaborativas entre países”, afirmou Adilson.

Por Larissa Maiasob a supervisão de Jéssica Soares – estagiária de Jornalismo do CEAR/UFPB