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CEAR

Centro de Energias Alternativas e Renováveis

Universidade Federal da Paraíba

Cidades inteligentes é tema de debate promovido na UFPB

Rede Intelicidades promoveu segundo ciclo de palestras do evento ICity, no auditório do Centro de Tecnologia da UFPB. No evento estiveram presentes representantes da Secretaria do Meio Ambiente (Semam), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (CREA-PB), Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Centro de Energias Alternativas e Renováveis da UFPB (Cear/UFPB) e Rede Intelicidades.

 

O objetivo do evento foi apresentar soluções que vêm sendo desenvolvidas pelo CEAR e outros parceiros, além de aplicações do desenvolvimento sustentável e da energia limpa, para através deste debate obter um feedback da sociedade e propor alternativas de aplicação dessas tecnologias para a cidade de João Pessoa.

A rede intelicidades é uma ação, articulada entre a Escola do Legislativo da Câmara Municipal de João Pessoa e pesquisadores da UFPB, que tem como objetivo principal propor soluções tecnológicas para problemas relacionados às políticas públicas da capital paraibana. Tornando cada vez mais a cidade de João Pessoa uma cidade inteligente. O objetivo é facilitar a aplicação das tecnologias desenvolvidas nas sociedades e nos institutos de pesquisa.

Em entrevista com Anderson Fontes, diretor de controle ambiental do município de João pessoa, ele falou sobre o papel dos órgão públicos e municipais em relação as questões relacionadas à cidades inteligentes e sustentabilidade: “O papel da Seman é nortear e fazer a interligação entre as demais secretarias, mostrando que as cidades se planejam para o futuro e para serem cidades sustentáveis e inteligentes. Cidades que deixem essa questão de atraso em relação a questão da limpeza urbana, energias renováveis, arborização urbana e paisagismo. Então a preocupação da Semam é fazer com que o gestor entenda que cidade inteligente não é só o nome inteligência, é uma cidade voltada para a qualidade de vida de seus cidadãos”, completou Anderson.

Corjesu Paiva dos Santos, assessor Institucional do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (CREA-PB), esteve presente no evento e comentou sobre a importância da promoção do debate sobre cidades inteligentes: “Eu acho muito importante, primeiramente porque a Universidade está saindo um pouco do clausulo que estava fechada. Outra coisa é mostrar que ainda há pessoas que pensam como um todo, pensam em toda a comunidade. Essas pesquisas, esses dados são importantíssimos. A Universidade está de parabéns e que continuem com esse sistema, com esse ciclo de debates, mostrando que há a preocupação das pessoas que realmente têm responsabilidade com a comunidade”, concluiu Corjesu.

Outro participante do debate foi o professor do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Valmeran Trindade, ele defende a ideia de que não se pode conceber uma cidade inteligente sem pensar no pilar da sustentabilidade. “A geração atual deve procurar resolver seus problemas, mas sem impedir que as gerações futuras também tenham possibilidade disso. As energias renováveis entram nesse aspecto da sustentabilidade se ela for bem usada e em um modelo adequado. Não quer dizer que energia renovável é sustentável. Ela é sustentável mediante um determinado modelo. E nós entendemos que esse modelo seja um modelo descentralizado. Então é isso, o elo de ligação entre energias renováveis e cidades inteligentes é a sustentabilidade”, enfatizou o professor.

Valmeran Trindade completa ainda que se tratando do ensino das tecnologias e educação da população, em relação a energia limpa, a parte educacional no tocante a essas novas tecnologias envolve o desenvolvimento tecnológico, a formação de profissionais qualificados nessa área e a educação de base popular. “Esse conhecimento precisa ser traduzido, precisa ser convertido numa pedagogia que a população consiga acessar e daí introduzir no seu dia a dia. Mudar sua cultura do relacionamento com a energia ou com outros elementos. Então é preciso também trabalhar a educação de base popular nessa cidade inteligente”, finalizou Valmeran.

Por Jéssica Soares – estagiária de Jornalismo do CEAR/UFPB